terça-feira, 7 de abril de 2009

Cidadania da Família

Permalink: http://www.zenit.org/article-20177?l=portuguese
Bispo pede que Estado reconheça «cidadania» da
família
E implemente políticas sociais em seu favor
INDAIATUBA, quinta-feira, 27 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- «A valorização da família pela
sociedade contemporânea passa pelo reconhecimento de sua “cidadania”», afirma um bispo no Brasil.
A família é «sujeito social», destacou Dom João Carlos Petrini, bispo auxiliar de Salvador e diretor do
Instituto João Paulo II para os estudos do matrimônio e da família, em Salvador (Bahia, Brasil).
O bispo explicou –em conferência no congresso internacional «Pessoa, cultura da vida e cultura da morte»,
hoje, em Itaici (São Paulo)– que a família «precede o Estado, porque faz a mediação das relações entre os
indivíduos e a coletividade».
«Porque vive e difunde ao seu redor um projeto de vida baseado na solidariedade entre as gerações e entre os
sexos, porque as relações familiares são geradoras de formas comunitárias de vida no território.»
Dom Petrini considera que a família «constitui o maior recurso humano e social disponível, e é de interesse
dos poderes não desperdiçar esses recursos». Diante disso, abrem-se «amplos espaços para políticas que
focalizem a subjetividade social da família».
«O conceito de cidadania da família aponta para uma titularidade de cidadania não somente para os
indivíduos, mas para uma formação social intermediária, a família.»
«Afirmar a cidadania da família quer dizer reconhecer e promover atitudes e comportamentos inspirados em
critérios de solidariedade e de plena reciprocidade», disse.
Nessa trilha, o Estado «deve considerar a criança, o idoso, a mulher, o adolescente, não como categorias
sociais abstratas ou como indivíduos isolados, mas como membros de uma comunidade familiar, de uma rede
de relacionamentos solidários».
De acordo com o bispo, «a primeira medida de política social em favor da família consiste na criação de uma
“cultura da família”». Isto é, «de uma mentalidade socialmente difusa, que reconheça e promova os valores da
família como positivos e desejáveis para o bem-estar das pessoas e da sociedade».
«Ela se realiza através de um conjunto de iniciativas capazes de apresentar, nas diversas esferas da sociedade
moderna, as razões da família, de uma maneira persuasiva, lançando mão de todos os recursos comunicativos
disponíveis.»
«É importante evidenciar a experiência da família como fonte de humanização e de socialização, de educação
para o exercício da cidadania, como espaço de comunhão e participação, como lugar de resistência e de alternativa à lógica do mercado», explicou.
De acordo com Dom Petrini, trata-se de «avaliar criticamente as ofertas das modernas tecnologias,
especialmente as que manipulam a vida humana, depositando a esperança de realização no reconhecimento da
Presença de Jesus Cristo em sua vitória sobre a morte».
© Innovative Media, Inc.
A reprodução dos serviços de Zenit requer a permissão expressa do editor.
ZENIT

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Queremos compartilhar com você o que pensamos, seu comentário nos fará crescer!